
A Reef é uma blockchain de camada 1, lançada em 2019 por Denko Mancheski e desenvolvida com a tecnologia Substrate da Parity. Desde então, evoluiu de uma plataforma exclusivamente DeFi para uma blockchain robusta e completa, atendendo a diversos casos de uso no universo Web3.
Construída sobre Substrate, a Reef foi fundada em 2019 por Denko Mancheski. Um momento-chave ocorreu em novembro de 2021, quando o projeto deixou de usar o nome Reef Finance. Essa mudança estratégica marcou sua transição de uma plataforma de finanças descentralizadas para uma blockchain com recursos ampliados.
Assim como outras blockchains modernas, a Reef permite aplicações que vão de NFTs e DeFi ao desenvolvimento de smart contracts e jogos em blockchain (GameFi). Entre seus diferenciais está a infraestrutura de bridge de liquidez, que viabiliza a transferência fluida de tokens ERC-20 entre Reef e Ethereum, bem como de tokens BEP-20 entre Reef e BNB Chain—ampliando a interoperabilidade entre os principais ecossistemas blockchain.
A Reef utiliza o kit de desenvolvimento Substrate da Parity, uma base que traz vantagens técnicas expressivas. Esse modelo permite que a Reef opere em conjunto com parachains do Polkadot, integrando-se a um ecossistema Web3 mais amplo. A blockchain é 100% compatível com a Ethereum Virtual Machine (EVM), facilitando a migração de dApps EVM e atraindo desenvolvedores experientes em Solidity.
O mecanismo de consenso da Reef é o Nominated Proof of Stake (NPoS) para produção de blocos e Proof of Commitment (PoC) para seleção dos membros do Conselho Técnico. Um destaque é que todas as taxas de rede são queimadas—including taxas de smart contracts—e as recompensas dos validadores são pagas a partir de um pool fixo. Isso remove incentivos para contratos caros e ineficientes, prevenindo congestionamento e queda de performance na rede.
Diferente de blockchains como Bitcoin e Ethereum, a Reef adota uma governança estruturada para atualizações diretas na rede. Bitcoin e Ethereum dependem de mineradores para aprovar mudanças, um processo frequentemente lento e sujeito a disputas.
Na Reef, dois grupos—Conselho Técnico e Validadores—atuam juntos nas decisões sobre mudanças na rede. Esse modelo bicameral equilibra especialização técnica e descentralização.
O Conselho Técnico avalia e aprova upgrades na rede, sendo fundamental no desenvolvimento do protocolo. Seus membros são escolhidos pelo método PoC, similar ao Delegated Proof of Stake, mas exigindo um vínculo mínimo de um ano, o que assegura comprometimento de longo prazo.
O Conselho define parâmetros essenciais da rede, como tamanho e tempo de bloco, throughput de processamento e outros aspectos técnicos. Mudanças on-chain são aprovadas pela maioria, permitindo atualizações ágeis e mantendo a segurança.
Validadores processam blocos legítimos de transação e operam nós completos da rede. A seleção ocorre via NPoS. No modelo econômico da Reef, todas as taxas de transação são queimadas e as recompensas dos validadores vêm de um pool inflacionário anual de cerca de 8%.
Nominadores escolhem validadores, o que gera incentivos alinhados. Caso um validador aja de forma imprópria, ocorre slashing—penalizando tanto o validador quanto seus nominadores.
Para participar do consenso, validadores e nominadores no sistema NPoS devem fazer staking de REEF. Ao apoiar validadores de qualidade, nominadores podem ganhar REEF adicional. Caso um validador indicado entre no conjunto ativo e processe blocos, o nominador recebe recompensas proporcionais; se o validador agir de forma inadequada, o nominador perde parte do stake via slashing.
O REEF em staking permanece bloqueado até que o nominador retire sua indicação, o que ocorre na próxima era (período de 24 horas). Após iniciar o desbloqueio, é necessário aguardar 28 dias para resgatar o valor total.
Nem todo validador indicado entra no conjunto ativo, devido aos limites do sistema. Um algoritmo normalmente restringe cada nominador a apoiar apenas um validador bem-sucedido por era.
Cada validador pode remunerar até 64 nominadores. Validadores com mais de 64 nominadores são considerados oversubscribed. Nesse cenário, somente os 64 principais, de acordo com o valor de staking, recebem recompensas.
Nominadores fora desse grupo não recebem recompensas, mas seu stake ainda conta no suporte ao validador, aumentando segurança e chance de seleção. O conjunto de validadores é definido off-chain por algoritmos específicos, e alguns nominadores são excluídos das recompensas conforme o valor do stake.
A Reef não é apenas uma blockchain isolada—ela conta com um ecossistema completo de ferramentas e serviços que potencializam sua rede de camada 1.
A carteira web Reef integra carteira de criptoativos, exchange descentralizada (DEX) e criador de tokens. Usuários podem negociar, enviar e adicionar tokens a pools de liquidez. Para acessar o app, é necessário instalar a extensão Reef no navegador, que fornece a interface de rede.
O ReefScan é o explorador oficial da blockchain, permitindo acessar transações, carteiras, smart contracts e outros dados on-chain. Sua interface, semelhante a outros exploradores populares, facilita o uso para quem já conhece o mercado. Com o ReefScan, é possível interagir diretamente com smart contracts implementados na Reef para verificar e executar funções.
O ReefSwap é o DEX nativo para troca de tokens do ecossistema Reef, baseado no modelo Uniswap V2, reconhecido pela eficiência e simplicidade. O acesso requer a extensão Reef no navegador para garantir segurança. Usuários ainda podem gerar um endereço de carteira EVM e vinculá-lo à sua conta Reef, ampliando a interoperabilidade com aplicações EVM.
REEF é a criptomoeda nativa do ecossistema Reef, desempenhando funções essenciais. Serve para pagamento de taxas de transação via sistema de gas da Reef, assim como o ETH na Ethereum. Também é fundamental na governança on-chain, permitindo que holders participem das decisões da rede—incluindo os mecanismos de consenso NPoS e PoC, em que tokens em staking garantem e direcionam o funcionamento da rede.
O REEF foi lançado inicialmente como token ERC-20 na Ethereum e como BEP-20 na BNB Smart Chain, oferecendo utilidade multichain. Hoje, há uma bridge que permite a conversão para a blockchain nativa da Reef na proporção 1:1, facilitando a transferência entre redes sem perda de valor.
As principais exchanges de criptomoedas oferecem diferentes formas de adquirir REEF. É possível comprar REEF diretamente com cartão de crédito ou débito em moedas fiduciárias selecionadas, facilitando o acesso ao público iniciante.
Também é viável negociar outras criptomoedas por REEF, com múltiplos pares disponíveis, incluindo stablecoins e ativos populares. Para acessar essas opções, basta buscar REEF no campo de pares de negociação da exchange, onde todas as alternativas de swap ficam disponíveis.
Ainda que a Reef seja frequentemente associada ao modelo DeFi, ela se transformou em um ecossistema sofisticado e uma blockchain funcional, com múltiplas capacidades.
As melhorias constantes fortalecem suas perspectivas de crescimento. O potencial para ampliar a oferta de smart contracts e dApps é grande, especialmente por conta da compatibilidade com EVM e interoperabilidade com o Polkadot. A governança inovadora, tokenomics e infraestrutura técnica da Reef fazem dela um destaque no cenário blockchain. Conhecer o REEF e seu ecossistema é essencial para quem deseja participar dessa blockchain de camada 1, que une recursos exclusivos e governança descentralizada robusta.
A Reef é uma plataforma DeFi construída em blockchain, oferecendo serviços de empréstimo, depósito e negociação de criptoativos. Proporciona soluções Web3 acessíveis, com baixas taxas e liquidez eficiente.
"Reef" é escrito da mesma forma em espanhol como termo técnico. O equivalente em espanhol é "arrecife" ou "arrecife de coral". No contexto de criptomoedas, REEF permanece como o nome do token, sem tradução.








