Enquanto estava a acompanhar o mercado hoje, reparei que o gráfico horário do ETH tem alguns detalhes interessantes.

A tendência geral já está delineada — há claramente impulso para cima, mas será que vai conseguir aguentar-se depois de subir? Vai descolar de vez? Ou precisa de uma pausa antes de continuar? Há alguns números-chave a ter em conta.

Comecemos pelas duas resistências superiores.

No gráfico é claro, o primeiro obstáculo está nos 3356, e depois há uma resistência mais forte nos 3550. Apesar do sentimento otimista atual, quando se chega a estes níveis, é como subir uma montanha e estar quase no topo — as pernas começam a fraquejar.

Se realmente subir até perto dos 3356 ou mesmo dos 3550, mas depois não conseguir avançar mais, surgindo aquele sinal de estagnação (“quer subir mas não consegue”), há que estar atento ao risco de uma correção de curto prazo. Nessa altura pode ser sensato reduzir um pouco a posição, ou para os mais ousados, abrir uma short de curto prazo para tentar lucrar com a correção. Atenção, isto não significa que a tendência se tenha invertido, é apenas uma questão de ritmo.

Agora vejamos os “colchões de segurança” abaixo.

E se houver mesmo uma correção? O primeiro nível importante é nos 3210 — esta é a linha divisória entre bulls e bears; se se aguentar aqui, a tendência mantém-se forte. Se quebrar, então o suporte de curto prazo encontra-se entre 3210 e 3035, e é nesta zona que podem surgir oportunidades de retoma. Os mais arrojados podem tentar “apanhar a faca a cair” e lucrar com um bounce.

É preciso também estar atento às notícias.

As notícias são como fósforos no mercado. Dados de peso como o relatório de emprego ADP dos EUA podem desencadear grande volatilidade. Especialmente se o preço estiver mesmo numa resistência técnica, um dado negativo pode ser o rastilho para a correção.

Por isso, nas próximas semanas (de 3 a 14 de dezembro), é fundamental acompanhar os indicadores macroeconómicos — podem ser o fator decisivo a quebrar o equilíbrio atual.