Primeiro, a conclusão: não toques em alavancagem. Mais uma vez, não toques em alavancagem. Na terceira, realmente, não toques em alavancagem.

Consegues entender esta última vaga de mercado? Quando o BTC caiu para os 82.000 dólares, havia por todo lado a narrativa de "instituições em conluio para manipular". No início, também não dei muita atenção, afinal, teorias de conspiração há todos os anos. Mas desta vez, foi diferente—quando expandes o timeline e conectas as ações de várias instituições de topo, percebes que a situação é muito mais complexa do que parece.

Aquelas veteranas de Wall Street, Vanguard, JPMorgan, Goldman Sachs, Bank of America, as operações recentes delas são muito estratégicas. Tão estratégicas que fazem pensar bastante.

**O que exatamente aconteceu?**

A lógica central é simples e direta: derrubar o mercado para assustar e, depois, comprar barato.

Depois do crash épico de 11 de outubro, as notícias negativas não pararam. Riscos regulatórios, alertas de bolha, retirada de instituições… tudo a surgir de repente. Os investidores de varejo entraram em pânico, alguns especialistas começaram a gritar “parar perdas e sair”. As ações começaram a ser vendidas em massa. Mas a questão é—para onde foram esses ativos?

A resposta está nas últimas ações dessas instituições:

- **Vanguard** deu uma cambalhota de 180 graus. Até há pouco tempo, o CEO era veementemente contra ativos digitais, e agora, de repente, abriu uma plataforma de 11 trilhões de dólares para que os usuários possam comprar produtos relacionados com BTC.
- **JPMorgan** lançou títulos estruturados de Bitcoin, destinados a clientes de alta renda.
- **Bank of America** foi mais longe, autorizando 15.000 consultores de riqueza a recomendar BTC como parte de uma carteira de investimento.
- **Goldman Sachs** comprou silenciosamente uma empresa de ETFs, usando o controle de risco para atrair investidores tradicionais.

Vês o timing—durante a forte queda do mercado, esses produtos foram lançados sucessivamente. Queres dizer que foi coincidência? Não acredito. Quatro grandes instituições a fazerem movimentos tão sincronizados é algo raro.

**Vamos aprofundar um pouco mais**

No macro, o aperto quantitativo está quase a acabar, a liquidez do mercado começa a melhorar. Nesse momento, realizar a transferência de ativos é uma jogada de mestre para quem pensa a longo prazo. E há um detalhe importante: durante todo esse processo, alguns grandes players que costumam falar bastante estão extremamente silenciosos. Por que não aparecem a dar um alvoroço numa queda tão forte? Não sei. Mas o silêncio é ensurdecedor.

Não é uma simples volatilidade de mercado. É uma redistribuição de ativos cuidadosamente planejada. As ações dos investidores de varejo estão a ser absorvidas pelas instituições, e o pânico virou o bilhete de entrada delas.

Portanto, minha opinião é: a curto prazo, ainda pode haver oscilações, mas a médio e longo prazo, uma vez que essas instituições já entraram pesado, o próximo capítulo promete ser bem interessante. Claro, se conseguires segurar e não seres levado para fora do mercado.

E, por último, um lembrete: evita a alavancagem. Sério.