Após analisar os dados mais recentes, a mediana das taxas de juro em 2026 mantém-se em 3.375%, a média cerca de 3.29% — praticamente igual à previsão de setembro, quer reduzir para 3.125%? Nem pensar.

O relatório esconde dois detalhes bastante interessantes:

Primeiro, a previsão de um membro é absolutamente fora de norma, com uma redução direta para 2.125% em 2026, e depois uma elevação em 2027. Esta operação pode indicar preocupação com uma aterragem difícil da economia no próximo ano, ou simplesmente uma demonstração de fidelidade ao seu alinhamento político… quem percebe, percebe.

Depois, há a mudança no segundo dado. A previsão macroeconómica de dezembro é muito mais otimista do que em setembro, com o PIB ajustado em +0.5 pontos percentuais. Em suma, o Federal Reserve tem confiança no desempenho económico de 2024.

Juntando tudo, fica claro: com a revisão em alta das previsões de crescimento, manter uma meta de redução de juros de 1 a 2 vezes no próximo ano é, na essência, uma mensagem do FOMC ao mercado — a pressão inflacionária em 2026 é controlável, sem necessidade de usar instrumentos monetários de forma agressiva.

Do ponto de vista do apetite ao risco, isto constitui um sinal positivo. Quanto ao que acontecer a seguir, vai depender do que o Powell disser a seguir.