No mercado global de divisas, existe um grupo de moedas que perderam valor de forma dramática face ao dólar norte-americano. Estes dados refletem uma realidade complexa: enquanto alguns investidores procuram oportunidades em mercados emergentes, outros observam com preocupação como as suas economias locais se deterioram. A seguir, examinamos a moeda mais barata do mundo e outras 49 que enfrentam uma depreciação severa.
Casos extremos: quando a inflação consome as economias
O panorama mais crítico é observado em países com crises económicas profundas. Venezuela lidera esta lista sombria com o seu bolívar (VES), onde 1 USD equivale a aproximadamente 4.000.815 VES. Segue-se o Irão com o seu rial (IRR) a 514.000 por dólar, evidenciando sanções económicas internacionais e pressões inflacionárias. A Síria apresenta outra história de colapso, com a sua libra (SYP) atingindo 15.000 por dólar norte-americano.
Estes não são números aleatórios: representam economias onde a inflação descontrolada, a corrupção institucional e as sanções externas convergiram para destruir a confiança na moeda nacional.
Sudeste e Sul da Ásia: depreciação gradual mas persistente
O segundo grupo de países mais afetados concentra-se na Ásia. Vietname (24.000 VND por USD), Laos (17.692 LAK), Camboja (4.086 KHR) e Tailândia mostram um padrão diferente: economias em desenvolvimento que lutam por manter a competitividade exportadora, mas enfrentam pressões inflacionárias moderadas.
A Indonésia apresenta um caso interessante: com 14.985 IDR por dólar, uma economia asiática significativa continua a experimentar pressão sobre a sua moeda. Paquistão (290 PKR), Bangladesh (110 BDT) e Sri Lanka (320 LKR) completam este panorama de colapso sustentado na região.
África: divisas fracas em economias frágeis
O continente africano alberga múltiplas moedas fracas vinculadas a desafios estruturais. Serra Leoa (17.665 SLL), Guiné (8.650 GNF), Uganda (3.806 UGX), Tanzânia (2.498 TZS) e Nigéria (775 NGN) refletem pressões inflacionárias regionais agravadas por volatilidade política.
Gana (12 GHS), Quénia (148 KES), Maláui (1.250 MWK) e Zâmbia (20.5 ZMW) demonstram como economias dependentes da exportação de matérias-primas sofrem quando os preços globais caem. Moçambique (63 MZN) e Madagascar (4.400 MGA) encerram este grupo africano.
América Latina: entre a inflação e as reformas
Colômbia (3.915 COP), Paraguai (7.241 PYG), Nicarágua (36.5 NIO) e Haiti (131 HTG) experienciam dinâmicas distintas. Enquanto a Colômbia enfrenta pressões inflacionárias, mas mantém alguma estabilidade institucional, o Haiti luta contra a violência e a instabilidade política que deterioram o seu gourde (HTG).
Europa de Leste e Ásia Central: legados pós-soviéticos
Bielorrússia (3.14 BYN), Moldávia (18 MDL), Arménia (410 AMD) e Geórgia (2.85 GEL) partilham heranças de economias pós-soviéticas. Estas nações enfrentam pressões tanto por ciclos económicos globais como por dinâmicas geopolíticas regionais.
Usbequistão (11.420 UZS), Tadjiquistão (11 TJS) e Quirguistão (89 KGS) completam este grupo, onde reformas de mercado limitadas e dependência de recursos contribuíram para uma depreciação monetária persistente.
Outras economias com moedas fracas
A análise abrange também o Iraque (1.310 IQD), Líbano (15.012 LBP), Iémen (250 YER), Afeganistão (80 AFN), Somália (550 SOS) —economias em conflito ou pós-conflito—, juntamente com Suriname (37 SRD), Fiji (2.26 FJD), Islândia (136 ISK) e Filipinas (57 PHP), que apresentam dinâmicas de colapso menos extremas, mas significativas.
O que nos diz isto sobre a economia global?
A presença destas 50 moedas na categoria de mais baratas do mundo não é coincidência. Revela um padrão: países com instituições frágeis, inflação descontrolada, dependência de importações ou conflitos geopolíticos tendem a ver as suas divisas colapsar de forma dramática.
Para investidores e traders, estes dados representam tanto riscos como oportunidades de diversificação. Monitorizar estas dinâmicas de câmbio fornece perspetivas valiosas sobre a saúde macroeconómica global e as tendências de mercado emergente que podem impactar decisões de alocação de ativos.
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📊 As moedas mais desvalorizadas do planeta: uma análise de 50 economias em crise
No mercado global de divisas, existe um grupo de moedas que perderam valor de forma dramática face ao dólar norte-americano. Estes dados refletem uma realidade complexa: enquanto alguns investidores procuram oportunidades em mercados emergentes, outros observam com preocupação como as suas economias locais se deterioram. A seguir, examinamos a moeda mais barata do mundo e outras 49 que enfrentam uma depreciação severa.
Casos extremos: quando a inflação consome as economias
O panorama mais crítico é observado em países com crises económicas profundas. Venezuela lidera esta lista sombria com o seu bolívar (VES), onde 1 USD equivale a aproximadamente 4.000.815 VES. Segue-se o Irão com o seu rial (IRR) a 514.000 por dólar, evidenciando sanções económicas internacionais e pressões inflacionárias. A Síria apresenta outra história de colapso, com a sua libra (SYP) atingindo 15.000 por dólar norte-americano.
Estes não são números aleatórios: representam economias onde a inflação descontrolada, a corrupção institucional e as sanções externas convergiram para destruir a confiança na moeda nacional.
Sudeste e Sul da Ásia: depreciação gradual mas persistente
O segundo grupo de países mais afetados concentra-se na Ásia. Vietname (24.000 VND por USD), Laos (17.692 LAK), Camboja (4.086 KHR) e Tailândia mostram um padrão diferente: economias em desenvolvimento que lutam por manter a competitividade exportadora, mas enfrentam pressões inflacionárias moderadas.
A Indonésia apresenta um caso interessante: com 14.985 IDR por dólar, uma economia asiática significativa continua a experimentar pressão sobre a sua moeda. Paquistão (290 PKR), Bangladesh (110 BDT) e Sri Lanka (320 LKR) completam este panorama de colapso sustentado na região.
África: divisas fracas em economias frágeis
O continente africano alberga múltiplas moedas fracas vinculadas a desafios estruturais. Serra Leoa (17.665 SLL), Guiné (8.650 GNF), Uganda (3.806 UGX), Tanzânia (2.498 TZS) e Nigéria (775 NGN) refletem pressões inflacionárias regionais agravadas por volatilidade política.
Gana (12 GHS), Quénia (148 KES), Maláui (1.250 MWK) e Zâmbia (20.5 ZMW) demonstram como economias dependentes da exportação de matérias-primas sofrem quando os preços globais caem. Moçambique (63 MZN) e Madagascar (4.400 MGA) encerram este grupo africano.
América Latina: entre a inflação e as reformas
Colômbia (3.915 COP), Paraguai (7.241 PYG), Nicarágua (36.5 NIO) e Haiti (131 HTG) experienciam dinâmicas distintas. Enquanto a Colômbia enfrenta pressões inflacionárias, mas mantém alguma estabilidade institucional, o Haiti luta contra a violência e a instabilidade política que deterioram o seu gourde (HTG).
Europa de Leste e Ásia Central: legados pós-soviéticos
Bielorrússia (3.14 BYN), Moldávia (18 MDL), Arménia (410 AMD) e Geórgia (2.85 GEL) partilham heranças de economias pós-soviéticas. Estas nações enfrentam pressões tanto por ciclos económicos globais como por dinâmicas geopolíticas regionais.
Usbequistão (11.420 UZS), Tadjiquistão (11 TJS) e Quirguistão (89 KGS) completam este grupo, onde reformas de mercado limitadas e dependência de recursos contribuíram para uma depreciação monetária persistente.
Outras economias com moedas fracas
A análise abrange também o Iraque (1.310 IQD), Líbano (15.012 LBP), Iémen (250 YER), Afeganistão (80 AFN), Somália (550 SOS) —economias em conflito ou pós-conflito—, juntamente com Suriname (37 SRD), Fiji (2.26 FJD), Islândia (136 ISK) e Filipinas (57 PHP), que apresentam dinâmicas de colapso menos extremas, mas significativas.
O que nos diz isto sobre a economia global?
A presença destas 50 moedas na categoria de mais baratas do mundo não é coincidência. Revela um padrão: países com instituições frágeis, inflação descontrolada, dependência de importações ou conflitos geopolíticos tendem a ver as suas divisas colapsar de forma dramática.
Para investidores e traders, estes dados representam tanto riscos como oportunidades de diversificação. Monitorizar estas dinâmicas de câmbio fornece perspetivas valiosas sobre a saúde macroeconómica global e as tendências de mercado emergente que podem impactar decisões de alocação de ativos.