"Cresçam... Nós excluímos democratas, excluímos republicanos do sistema bancário:" CEO do JPMorgan

O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, negou que o banco tenha encerrado relações com clientes com base na sua filiação religiosa ou política e afirmou que tem trabalhado para mudar as regras em torno do encerramento de contas há mais de uma década.

Durante uma entrevista ao programa “Sunday Morning Futures” da Fox News no domingo, Dimon disse que o seu banco cortou serviços a pessoas de todos os quadrantes, mas que as filiações políticas nunca foram um fator.

Devin Nunes, presidente do conselho consultivo de inteligência do Presidente e CEO da Trump Media, alega que a empresa foi alvo de encerramento de conta pelo JPMorgan e que fazia parte de mais de 400 indivíduos e organizações associadas a Trump cujos registos bancários foram alvo de intimação pelo procurador especial Jack Smith como parte de uma investigação.

Jack Mallers, CEO da Strike, empresa de pagamentos via Bitcoin Lightning Network, também acusou o JPMorgan de encerrar as suas contas pessoais sem explicação no mês passado, o que levantou preocupações sobre uma nova Operação Chokepoint 2.0.

Houston Morgan, chefe de marketing da plataforma de negociação cripto não custodial ShapeShift, partilhou uma história semelhante em novembro.

Politics, Government, Banks, United States, JPMorgan ChaseO CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, mantém que a sua instituição não encerra contas de pessoas devido a filiações políticas. Fonte: YouTube “As pessoas têm de crescer, está bem, e parar de inventar coisas e coisas do género,” disse Dimon. “Não posso falar sobre uma conta individual. Não encerramos contas de pessoas por filiações religiosas ou políticas,” afirmou Dimon.

“Nós de facto encerramos contas. Elas têm filiações religiosas ou políticas. Encerramos contas de pessoas que são democratas. Encerramos contas de pessoas que são republicanas. Já encerrámos contas de pessoas de diferentes religiões. Nunca foi por esse motivo.”

Dimon afirmou querer mudar as regras do encerramento de contas

As empresas de cripto têm enfrentado o encerramento de contas e recusas de serviços bancários há anos, e muitos no setor afirmam que estas ações fazem parte de um esforço político para suprimir o setor dos ativos digitais.

No entanto, Dimon disse que não gosta do encerramento de contas e quer que as regras em torno dos requisitos de reporte que podem levar a encerramentos sejam alteradas.

“Na verdade, aplaudo a administração Trump, que está a tentar dizer que o encerramento de contas é mau e que devemos mudar as regras. Ora bolas, já ando a pedir que mudem as regras há 15 anos. Portanto, mudem as regras.”

“É realmente pouco amigável para o cliente, e estamos a encerrar contas por suspeitas, ou notícias negativas, ou por estas várias razões,” acrescentou Dimon.

Em agosto, o Presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva que instrui os reguladores bancários a investigarem queixas de encerramento de contas feitas pelo setor cripto e por conservadores.

JPMorgan fez recomendações para travar encerramentos de contas: Dimon

Dimon disse que uma das regras que os bancos são obrigados a cumprir é partilhar informação com o governo quando intimados, mas também afirma que o JPMorgan apresentou recomendações para reduzir os relatórios e casos de encerramento de contas.

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“Não damos informações ao governo só porque pedem. Somos intimados. Somos obrigados por ordem judicial a entregá-las ao governo. E tenho cumprido intimações com esta administração, com a anterior, com a anterior a essa e com a anterior a essa. E não concordo com muita coisa,” disse Dimon.

“O governo faz muitas coisas que podem irritar os bancos. Por isso, vamos respirar fundo e resolver os problemas, em vez de culpar alguém que foi colocado nessa posição,” acrescentou.

Ao mesmo tempo, Dimon afirmou que ambos os lados da política são igualmente culpados quando recorrem aos bancos.

“Governos democratas e republicanos já vieram atrás de nós; não vamos fingir que é só um dos lados a fazer isto. Isto já acontece há muito tempo. E devemos parar de militarizar o governo desta forma.”

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