Reconhecido investidor e autor de “Pai Rico, Pai Pobre” Robert Kiyosaki está novamente a contradizer-se — de uma forma que na verdade faz sentido financeiro. Ele questiona abertamente se o Bitcoin é legítimo, mas continua a acumulá-lo. Confuso? A sua lógica revela algo mais profundo sobre a estratégia de riqueza moderna.
O Verdadeiro Inimigo: Desconfiança na Finança Tradicional
O ceticismo de Kiyosaki em relação ao Bitcoin não é realmente sobre o Bitcoin em si — é sobre a sua guerra de décadas contra o sistema bancário. Ele vê os bancos centrais e os governos como os verdadeiros manipuladores, inflacionando artificialmente as moedas e erodindo o poder de compra. Da sua perspetiva, o dólar dos EUA e o dinheiro fiduciário são o verdadeiro “colapso” que destrói a riqueza das pessoas comuns.
Neste contexto, o Bitcoin representa algo diferente: uma rota de fuga. Embora questione a sua legitimidade como moeda, ele vê o seu valor como um ativo alternativo fora do controlo do governo. Quando a sua principal preocupação é a desvalorização da moeda, não precisa de confiar totalmente no Bitcoin — só precisa que ele mantenha melhor valor do que a alternativa.
A Tríade de Ativos: Bitcoin no Quadro Geral
Kiyosaki há muito defende uma abordagem de investimento de três pilares: ouro, prata e Bitcoin. Esta “santíssima trindade” partilha uma característica fundamental — existem além do alcance do sistema financeiro tradicional. Com apenas 21 milhões de Bitcoin que alguma vez existirão, a escassez espelha o apelo dos metais preciosos.
O seu raciocínio: à medida que a confiança institucional na finança convencional enfraquece, os ativos apoiados na escassez ganham prémio. As instituições estão agora a investir capital no Bitcoin, o que paradoxalmente valida a sua tese. Se o ativo é “legítimo” ou não torna-se secundário ao facto de a procura continuar a suportar o seu preço.
Protegendo-se contra o Colapso do Sistema
Os avisos públicos de Kiyosaki sobre uma crise financeira iminente não são pessimismo — são uma estratégia de portfólio. Ele prevê cenários em que falhas no sistema bancário ou hiperinflação tornam a moeda fiduciária inútil. Nesses cenários catastróficos, possuir Bitcoin não é sobre lucro; é sobre sobrevivência.
Isto explica perfeitamente a sua contradição: não precisa de acreditar que o Bitcoin é um investimento perfeito para acreditar que é um seguro essencial. Assim como compra seguro de carro mesmo esperando nunca precisar dele, o Bitcoin serve como uma proteção na sua estratégia mais ampla de proteção de riqueza.
A Colapso que Ainda Pode Imprimir Dinheiro
Aqui é onde o raciocínio de Kiyosaki se torna verdadeiramente sofisticado: ele reconhece que o Bitcoin pode ser manipulado — mas o mesmo acontece com o mercado de ações, o imobiliário e todas as principais classes de ativos. Falhas e lucratividade não são mutuamente exclusivas.
Grandes instituições financeiras, corporações e agora governos estão a acumular Bitcoin. Se essas entidades acreditam na sua legitimidade importa menos do que a sua participação. Os fluxos de capital criam impulso de preço independentemente de o ativo subjacente ser “puro” ou não.
A Verdade Desconfortável
A posição de Kiyosaki revela uma realidade desconfortável que muitos investidores ricos compreendem: não é preciso acreditar em algo para lucrar com isso. O mercado não se importa com ideologias — importa com oferta, procura e posicionamento.
As suas compras contínuas de Bitcoin, apesar do ceticismo público, sugerem que está a apostar na adoção institucional e na entrada de capital, não na revolução do Bitcoin na finança. Essa é uma posição mais defensável do que afirmar que o Bitcoin substituirá a moeda fiduciária, e explica por que o dinheiro institucional continua a entrar.
Se vê isto como uma proteção brilhante ou uma contradição oportunista, uma coisa é clara: o Bitcoin passou a ir além do reino da “crença” e entrou no território da necessidade institucional. Robert Kiyosaki está a apostar nessa tendência, com ou sem acusações de colapso.
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Por que Robert Kiyosaki continua a comprar Bitcoin apesar de chamá-lo de potencial esquema
Reconhecido investidor e autor de “Pai Rico, Pai Pobre” Robert Kiyosaki está novamente a contradizer-se — de uma forma que na verdade faz sentido financeiro. Ele questiona abertamente se o Bitcoin é legítimo, mas continua a acumulá-lo. Confuso? A sua lógica revela algo mais profundo sobre a estratégia de riqueza moderna.
O Verdadeiro Inimigo: Desconfiança na Finança Tradicional
O ceticismo de Kiyosaki em relação ao Bitcoin não é realmente sobre o Bitcoin em si — é sobre a sua guerra de décadas contra o sistema bancário. Ele vê os bancos centrais e os governos como os verdadeiros manipuladores, inflacionando artificialmente as moedas e erodindo o poder de compra. Da sua perspetiva, o dólar dos EUA e o dinheiro fiduciário são o verdadeiro “colapso” que destrói a riqueza das pessoas comuns.
Neste contexto, o Bitcoin representa algo diferente: uma rota de fuga. Embora questione a sua legitimidade como moeda, ele vê o seu valor como um ativo alternativo fora do controlo do governo. Quando a sua principal preocupação é a desvalorização da moeda, não precisa de confiar totalmente no Bitcoin — só precisa que ele mantenha melhor valor do que a alternativa.
A Tríade de Ativos: Bitcoin no Quadro Geral
Kiyosaki há muito defende uma abordagem de investimento de três pilares: ouro, prata e Bitcoin. Esta “santíssima trindade” partilha uma característica fundamental — existem além do alcance do sistema financeiro tradicional. Com apenas 21 milhões de Bitcoin que alguma vez existirão, a escassez espelha o apelo dos metais preciosos.
O seu raciocínio: à medida que a confiança institucional na finança convencional enfraquece, os ativos apoiados na escassez ganham prémio. As instituições estão agora a investir capital no Bitcoin, o que paradoxalmente valida a sua tese. Se o ativo é “legítimo” ou não torna-se secundário ao facto de a procura continuar a suportar o seu preço.
Protegendo-se contra o Colapso do Sistema
Os avisos públicos de Kiyosaki sobre uma crise financeira iminente não são pessimismo — são uma estratégia de portfólio. Ele prevê cenários em que falhas no sistema bancário ou hiperinflação tornam a moeda fiduciária inútil. Nesses cenários catastróficos, possuir Bitcoin não é sobre lucro; é sobre sobrevivência.
Isto explica perfeitamente a sua contradição: não precisa de acreditar que o Bitcoin é um investimento perfeito para acreditar que é um seguro essencial. Assim como compra seguro de carro mesmo esperando nunca precisar dele, o Bitcoin serve como uma proteção na sua estratégia mais ampla de proteção de riqueza.
A Colapso que Ainda Pode Imprimir Dinheiro
Aqui é onde o raciocínio de Kiyosaki se torna verdadeiramente sofisticado: ele reconhece que o Bitcoin pode ser manipulado — mas o mesmo acontece com o mercado de ações, o imobiliário e todas as principais classes de ativos. Falhas e lucratividade não são mutuamente exclusivas.
Grandes instituições financeiras, corporações e agora governos estão a acumular Bitcoin. Se essas entidades acreditam na sua legitimidade importa menos do que a sua participação. Os fluxos de capital criam impulso de preço independentemente de o ativo subjacente ser “puro” ou não.
A Verdade Desconfortável
A posição de Kiyosaki revela uma realidade desconfortável que muitos investidores ricos compreendem: não é preciso acreditar em algo para lucrar com isso. O mercado não se importa com ideologias — importa com oferta, procura e posicionamento.
As suas compras contínuas de Bitcoin, apesar do ceticismo público, sugerem que está a apostar na adoção institucional e na entrada de capital, não na revolução do Bitcoin na finança. Essa é uma posição mais defensável do que afirmar que o Bitcoin substituirá a moeda fiduciária, e explica por que o dinheiro institucional continua a entrar.
Se vê isto como uma proteção brilhante ou uma contradição oportunista, uma coisa é clara: o Bitcoin passou a ir além do reino da “crença” e entrou no território da necessidade institucional. Robert Kiyosaki está a apostar nessa tendência, com ou sem acusações de colapso.