Ao examinar os desempenhos mais fracos das moedas ao longo de 2024, surge um padrão que revela muito mais do que simples números—conta histórias de dificuldades económicas, inflação e colapso cambial em nações a lutar contra ventos macroeconómicos severos.
Os Mais Devastados: Crise cambial nos extremos
Na base da pirâmide cambial global encontra-se o Bolívar da Venezuela, onde 1 USD é negociado por aproximadamente 4.000.815 VES. Esta taxa astronómica reflete décadas de má gestão económica. O Rial do Irã segue de perto, com 1 USD equivalente a 514.000 IRR, uma consequência direta de sanções e desafios fiscais internos.
Estes representam não meramente moedas fracas—eles simbolizam economias em queda livre. A Libra da Síria (15.000 SYP por USD) e o Dinar do Iraque (1.310 IQD por USD) refletem igualmente colapsos económicos impulsionados por conflitos.
Zona de pressão cambial do Sudeste Asiático
A região do Sudeste Asiático mostra fraqueza pronunciada em vários países. O Riel do Camboja negocia a 4.086 por USD, enquanto o Dong do Vietname está a 24.000 VND por dólar. Laos apresenta um caso marcante a 17.692 LAK por USD, indicando pressões inflacionárias regionais persistentes que afetam toda a subregião.
O Kyat de Myanmar (2.100 MMK) e a dinâmica cambial da Tailândia evidenciam como a instabilidade geopolítica e os desequilíbrios comerciais enfraqueceram os players cambiais mais frágeis em todo o continente do Sudeste Asiático.
Desafios cambiais generalizados na África
Nações africanas compõem uma parte substancial desta lista, com fundamentos económicos que criam de forma persistente depreciação. A Leone de Serra Leoa (17.665 SLL por USD), a Ariari de Madagascar (4.400 MGA), e o Shilling da Tanzânia (2.498 TZS) demonstram pressões continentais.
O Sedi de Gana (12 GHS), o Shilling do Quénia (148 KES), a Naira da Nigéria (775 NGN), e a Libra do Egito (31 EGP) revelam como a dependência de commodities, a inflação e a fuga de capitais desestabilizaram as moedas em todo o continente.
Problema da Rúpia no Sul da Ásia
Vários países do Sul da Ásia utilizam a Rúpia, cada um enfrentando pressões distintas. A Rúpia do Paquistão negocia a 290 PKR por USD, enquanto a Rúpia do Nepal está a 132 NPR. A Rúpia do Sri Lanka (320 LKR) reflete uma região onde crises de dívida e o esgotamento das reservas de divisas forçaram uma depreciação significativa.
O Taka de Bangladesh (110 BDT) e o Afegani (80 AFN) demonstram igualmente como as interdependências económicas regionais amplificam a fraqueza cambial no espectro mais fraco da Ásia.
Ásia Central e a zona de transição eurasiática
O Som do Uzbequistão (11.420 UZS), o Manat do Turcomenistão (3.5 TMT), o Somoni do Tadjiquistão (11 TJS), e o Som do Quirguistão (89 KGS) ilustram como as nações pós-soviéticas continuam a gerir desafios económicos herdados. O Tenge do Cazaquistão (470 KZT) representa uma alternativa relativamente mais estável dentro deste agrupamento.
O Rublo da Bielorrússia (3.14 BYN) reflete o impacto das sanções ocidentais nos mercados cambiais.
Denominações do Peso na América Latina
O Peso da Colômbia (3.915 COP), o Guarani do Paraguai (7.241 PYG), e o Córdoba da Nicarágua (36.5 NIO) demonstram como as moedas latino-americanas enfrentam pressões de dívida externa e volatilidade nos preços das commodities.
O Gourde do Haiti (131 HTG) e o Dólar do Suriname (37 SRD) representam economias caribenhas atingidas pelo colapso do turismo e pela dependência de remessas.
Mercados periféricos do Pacífico e outros
O Dólar de Fiji (2.26 FJD), o Peso das Filipinas (57 PHP), e a Coroa da Islândia (136 ISK) completam economias diversas onde o turismo, desequilíbrios comerciais ou dinâmicas regionais criaram ventos contrários às moedas.
A Rupia da Indonésia (14.985 IDR) demonstra que até as maiores economias do Sudeste Asiático enfrentam pressões de depreciação significativas, apesar da relativa estabilidade económica.
O que as une
A lista das moedas mais fracas reflete um denominador comum: inflação que supera a eficácia da política do banco central, fuga de capitais, instabilidade geopolítica ou défices comerciais estruturais. Seja por sanções (Irã, Venezuela), conflitos (Síria, Iraque, Iémen), dependência de commodities (países africanos), ou erros de política monetária (comparações influenciadas pela Argentina), estas moedas partilham disfunções económicas fundamentais.
Para investidores e traders que monitorizam os mercados globais, compreender por que estas moedas estão entre as mais fracas fornece um contexto crucial para estratégias de trading forex e decisões de exposição a mercados emergentes.
Ver original
Esta página pode conter conteúdos de terceiros, que são fornecidos apenas para fins informativos (sem representações/garantias) e não devem ser considerados como uma aprovação dos seus pontos de vista pela Gate, nem como aconselhamento financeiro ou profissional. Consulte a Declaração de exoneração de responsabilidade para obter mais informações.
Moedas globais em queda: Uma análise aprofundada das classificações das moedas mais fracas do mundo em 2024
Ao examinar os desempenhos mais fracos das moedas ao longo de 2024, surge um padrão que revela muito mais do que simples números—conta histórias de dificuldades económicas, inflação e colapso cambial em nações a lutar contra ventos macroeconómicos severos.
Os Mais Devastados: Crise cambial nos extremos
Na base da pirâmide cambial global encontra-se o Bolívar da Venezuela, onde 1 USD é negociado por aproximadamente 4.000.815 VES. Esta taxa astronómica reflete décadas de má gestão económica. O Rial do Irã segue de perto, com 1 USD equivalente a 514.000 IRR, uma consequência direta de sanções e desafios fiscais internos.
Estes representam não meramente moedas fracas—eles simbolizam economias em queda livre. A Libra da Síria (15.000 SYP por USD) e o Dinar do Iraque (1.310 IQD por USD) refletem igualmente colapsos económicos impulsionados por conflitos.
Zona de pressão cambial do Sudeste Asiático
A região do Sudeste Asiático mostra fraqueza pronunciada em vários países. O Riel do Camboja negocia a 4.086 por USD, enquanto o Dong do Vietname está a 24.000 VND por dólar. Laos apresenta um caso marcante a 17.692 LAK por USD, indicando pressões inflacionárias regionais persistentes que afetam toda a subregião.
O Kyat de Myanmar (2.100 MMK) e a dinâmica cambial da Tailândia evidenciam como a instabilidade geopolítica e os desequilíbrios comerciais enfraqueceram os players cambiais mais frágeis em todo o continente do Sudeste Asiático.
Desafios cambiais generalizados na África
Nações africanas compõem uma parte substancial desta lista, com fundamentos económicos que criam de forma persistente depreciação. A Leone de Serra Leoa (17.665 SLL por USD), a Ariari de Madagascar (4.400 MGA), e o Shilling da Tanzânia (2.498 TZS) demonstram pressões continentais.
O Sedi de Gana (12 GHS), o Shilling do Quénia (148 KES), a Naira da Nigéria (775 NGN), e a Libra do Egito (31 EGP) revelam como a dependência de commodities, a inflação e a fuga de capitais desestabilizaram as moedas em todo o continente.
Problema da Rúpia no Sul da Ásia
Vários países do Sul da Ásia utilizam a Rúpia, cada um enfrentando pressões distintas. A Rúpia do Paquistão negocia a 290 PKR por USD, enquanto a Rúpia do Nepal está a 132 NPR. A Rúpia do Sri Lanka (320 LKR) reflete uma região onde crises de dívida e o esgotamento das reservas de divisas forçaram uma depreciação significativa.
O Taka de Bangladesh (110 BDT) e o Afegani (80 AFN) demonstram igualmente como as interdependências económicas regionais amplificam a fraqueza cambial no espectro mais fraco da Ásia.
Ásia Central e a zona de transição eurasiática
O Som do Uzbequistão (11.420 UZS), o Manat do Turcomenistão (3.5 TMT), o Somoni do Tadjiquistão (11 TJS), e o Som do Quirguistão (89 KGS) ilustram como as nações pós-soviéticas continuam a gerir desafios económicos herdados. O Tenge do Cazaquistão (470 KZT) representa uma alternativa relativamente mais estável dentro deste agrupamento.
O Rublo da Bielorrússia (3.14 BYN) reflete o impacto das sanções ocidentais nos mercados cambiais.
Denominações do Peso na América Latina
O Peso da Colômbia (3.915 COP), o Guarani do Paraguai (7.241 PYG), e o Córdoba da Nicarágua (36.5 NIO) demonstram como as moedas latino-americanas enfrentam pressões de dívida externa e volatilidade nos preços das commodities.
O Gourde do Haiti (131 HTG) e o Dólar do Suriname (37 SRD) representam economias caribenhas atingidas pelo colapso do turismo e pela dependência de remessas.
Mercados periféricos do Pacífico e outros
O Dólar de Fiji (2.26 FJD), o Peso das Filipinas (57 PHP), e a Coroa da Islândia (136 ISK) completam economias diversas onde o turismo, desequilíbrios comerciais ou dinâmicas regionais criaram ventos contrários às moedas.
A Rupia da Indonésia (14.985 IDR) demonstra que até as maiores economias do Sudeste Asiático enfrentam pressões de depreciação significativas, apesar da relativa estabilidade económica.
O que as une
A lista das moedas mais fracas reflete um denominador comum: inflação que supera a eficácia da política do banco central, fuga de capitais, instabilidade geopolítica ou défices comerciais estruturais. Seja por sanções (Irã, Venezuela), conflitos (Síria, Iraque, Iémen), dependência de commodities (países africanos), ou erros de política monetária (comparações influenciadas pela Argentina), estas moedas partilham disfunções económicas fundamentais.
Para investidores e traders que monitorizam os mercados globais, compreender por que estas moedas estão entre as mais fracas fornece um contexto crucial para estratégias de trading forex e decisões de exposição a mercados emergentes.