A história está à vista: uma subida de juros no Japão faz o Bitcoin cair. As três primeiras vezes foram assim — a queda ultrapassou os 20%. A razão é bastante simples, a arbitragem com o iene colapsou, e o dinheiro que se aproveitava do iene barato para alavancar operações com criptomoedas dispersou-se de repente.
Mas desta vez, as coisas são diferentes. A forte subida de 0,75% do Banco do Japão foi uma medida contundente, e o Bitcoin surpreendentemente não caiu. Analistas apontam três fatores-chave: primeiro, as expectativas de baixa já foram digeridas pelo mercado; segundo, o Banco do Japão continua a falar em "política de afrouxamento"; terceiro e mais importante — o grande reservatório de liquidez do ETF de Bitcoin nos EUA absorveu toda a pressão de venda.
Porém, o aspecto mais importante a ficar atento é este. Este "não cair" parece uma notícia positiva, mas na verdade representa uma mudança radical na lógica de fundo do mercado. Todo o mercado de criptomoedas está passando de uma "era de especulação", impulsionada pelo iene barato, com investidores de varejo e alavancagem dominando, para uma "era de alocação", liderada por estratégias macro globais e fundos institucionais.
Quando a antiga onda de arbitragem começar a recuar, um novo problema surgirá: numa fase de renovação de forças, com incertezas macroeconómicas ainda elevadas, será que confiar apenas no Bitcoin como "âncora de estabilidade" é suficiente? Ou será que precisamos de uma "infraestrutura estável" capaz de atravessar as oscilações macroeconómicas e sustentar a circulação diária de valor de alta frequência?
O papel das stablecoins está sendo redefinido. A era da institucionalização chegou, e a volatilidade do mercado continua intensa. Nesse momento, estabilidade e circulação eficiente tornam-se igualmente essenciais. Um ecossistema de criptomoedas saudável precisa tanto de um ativo de referência de valor como o Bitcoin, quanto de stablecoins para suportar transações diárias e a troca de valor de forma estável. Isso não é um mero complemento, mas uma necessidade para a integridade do ecossistema.
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ConfusedWhale
· 7h atrás
Espera aí, o ETF é realmente tão forte assim? Vai absorver toda a pressão de venda de arbitragem de ienes?
Falando nisso, há três anos, naquela crise do iene, também perdi muito dinheiro. Agora, essa sensação de que as instituições estão assumindo... é estranha.
As stablecoins realmente deveriam estar em alta, é preciso de uma fonte de liquidez.
Desde os investidores de varejo até as instituições, parece que as regras do jogo mudaram completamente nesta onda.
A narrativa do Banco do Japão é de tirar o fôlego, falar em afrouxamento monetário enquanto aumenta as taxas de juros, esse truque já enjoou.
O Bitcoin como âncora de estabilidade ainda é meio ilusório, sem uma stablecoin para sustentar, realmente é difícil.
Se desta vez não cair, acho ainda mais estranho... as instituições estão testando o fundo?
A história está à vista: uma subida de juros no Japão faz o Bitcoin cair. As três primeiras vezes foram assim — a queda ultrapassou os 20%. A razão é bastante simples, a arbitragem com o iene colapsou, e o dinheiro que se aproveitava do iene barato para alavancar operações com criptomoedas dispersou-se de repente.
Mas desta vez, as coisas são diferentes. A forte subida de 0,75% do Banco do Japão foi uma medida contundente, e o Bitcoin surpreendentemente não caiu. Analistas apontam três fatores-chave: primeiro, as expectativas de baixa já foram digeridas pelo mercado; segundo, o Banco do Japão continua a falar em "política de afrouxamento"; terceiro e mais importante — o grande reservatório de liquidez do ETF de Bitcoin nos EUA absorveu toda a pressão de venda.
Porém, o aspecto mais importante a ficar atento é este. Este "não cair" parece uma notícia positiva, mas na verdade representa uma mudança radical na lógica de fundo do mercado. Todo o mercado de criptomoedas está passando de uma "era de especulação", impulsionada pelo iene barato, com investidores de varejo e alavancagem dominando, para uma "era de alocação", liderada por estratégias macro globais e fundos institucionais.
Quando a antiga onda de arbitragem começar a recuar, um novo problema surgirá: numa fase de renovação de forças, com incertezas macroeconómicas ainda elevadas, será que confiar apenas no Bitcoin como "âncora de estabilidade" é suficiente? Ou será que precisamos de uma "infraestrutura estável" capaz de atravessar as oscilações macroeconómicas e sustentar a circulação diária de valor de alta frequência?
O papel das stablecoins está sendo redefinido. A era da institucionalização chegou, e a volatilidade do mercado continua intensa. Nesse momento, estabilidade e circulação eficiente tornam-se igualmente essenciais. Um ecossistema de criptomoedas saudável precisa tanto de um ativo de referência de valor como o Bitcoin, quanto de stablecoins para suportar transações diárias e a troca de valor de forma estável. Isso não é um mero complemento, mas uma necessidade para a integridade do ecossistema.