Atual momento (Dezembro de 2025): BTC a rondar os $87.27K, em recuo face ao pico histórico de $126.08K, mas o mecanismo está a mudar silenciosamente.
Para entender o momento atual do Bitcoin, é preciso olhar para o passado. Desde o seu nascimento em 2009, esta criptoativo passou por vários ciclos — cada um deles levando as pessoas a pensar “desta vez é diferente”, só para serem desiludidas pela realidade várias vezes. Mas desta vez, há realmente algo diferente.
Como é que o mercado em alta surgiu?
O bullrun do Bitcoin nunca aparece do nada. O gatilho mais direto chama-se halving — a cada 4 anos, a recompensa dos mineiros é cortada à metade. A oferta diminui, a procura mantém-se relativamente estável, e o preço sobe.
Os dados históricos mostram isto:
Após o halving de 2012: Bitcoin passou de $5 para $130, um aumento de 2.600%
Após o halving de 2016: de $650 para perto de $1.000, um aumento de 315%
Após o halving de 2020: de $9.000 para $64.000, um aumento de 715%
Parece que cada subida é menor? Não te preocupes, isto indica que o mercado está a tornar-se mais racional — os grandes investidores estão a antecipar-se, em vez de reagir apenas no dia do halving.
2013: A primeira grande festa dos retalhistas
Era uma era em que a internet ainda usava 3G. Bitcoin passou de $145 (Maio) para $1.200 (Dezembro), um aumento de 730%.
O motor foi simples: cobertura mediática + crise financeira no Chipre (as pessoas queriam ativos seguros). Mas em 2014, Mt.Gox colapsou — na altura, 70% do volume de negociação passava por essa bolsa — e o mercado caiu para pouco mais de $300.
Lição: a infraestrutura é tudo. Sem exchanges confiáveis, até a melhor moeda não vale nada.
2017: ICOs loucos e regulação a dar a mão
Desta vez, foi diferente. Bitcoin disparou de $1.000 para $20.000, um aumento de 1.900%, com volume diário a passar de $200M para $15B.
O combustível foi a febre das ICOs — milhares de projetos a emitir tokens na Ethereum, todos a precisar de Bitcoin para participar. Os retalhistas entraram em massa, com FOMO a dominar.
Mas as autoridades não ficaram a ver passar. A China proibiu ICOs e exchanges, a SEC dos EUA começou a investigar. Em 2018, Bitcoin caiu para $3.200, uma queda de 84%. A lição foi mais profunda: o mercado não consegue escapar às políticas.
2020-21: Entrada de instituições a mudar o jogo
Foi um ponto de viragem. Deixou de ser só retalhistas a puxar o mercado, para grandes empresas como MicroStrategy, Tesla, Square a comprar Bitcoin como reserva.
De $8.000 a $64.000 (700% de aumento), mas o mais importante não é o valor, e sim quem está a comprar — investidores institucionais a injectar mais de $10B. Bitcoin tornou-se o “ouro digital”, uma proteção contra a inflação.
Mesmo quando caiu para $30.000, a confiança não se quebrou. Por trás, há dinheiro de verdade a investir.
2024-25: A nova era dos ETFs
Isto é que mudou mesmo as regras do jogo.
Em janeiro, a SEC dos EUA aprovou o primeiro ETF de Bitcoin à vista — permitindo que fundos de pensões, gestores de fundos e seguradoras comprem Bitcoin de forma legal, sem precisar de trocar na exchange.
Resultado? Mais de $4.5B (na altura) a entrar de forma louca. O ETF da BlackRock, o IBIT, detém sozinho 467.000 BTC. Todos os ETFs de Bitcoin juntos já detêm mais de 1 milhão de BTC — isto é um grande volume, considerando que há cerca de 19,96 milhões de BTC em circulação. Os investidores institucionais já têm mais de 5%.
Bitcoin subiu de $40.000 para $93.000 (+132%). Mas isto não é loucura, é dinheiro racional a posicionar-se.
Depois, veio a quarta halving em abril, e o sinal de “pró-crypto” vindo do regresso de Trump à Casa Branca — tudo a impulsionar as expectativas.
Qual é o estado atual de $87.27K?
Ainda há 31% de espaço até ao ATH de $126.08K
Valor de mercado de $1.74T, já uma das principais classes de ativos globais
Volume de negociação de 24h de $1.03B, com liquidez suficiente
Mais de 55 milhões de carteiras ativas, base sólida
Isto é realmente diferente desta vez?
Vamos ver algumas diferenças-chave:
Nível institucional: Antes, Bitcoin era um ativo de rebelião. Agora, é um ativo de adoção oficial. Os EUA estão a considerar incluir Bitcoin nas reservas nacionais (proposta do BITCOIN Act 2024 para comprar 1 milhão de BTC), e países como El Salvador e Butão já o fizeram.
Tecnologia: Bitcoin pode ativar a atualização OP_CAT, desbloqueando soluções de Layer-2 — no futuro, poderá processar milhares de transações por segundo, tornando-se mais do que um “cofre digital”, mas também uma plataforma DeFi.
Mercado: Antes, era uma festa de um só — agora, é uma alocação de grandes investidores. Quando fundos de pensão e fundos soberanos entram, o fundo do ciclo está lá.
Mas o perigo ainda existe
Não te deixes levar pelos números:
Risco macroeconómico: aumento de juros, recessão, podem fazer o dinheiro fugir para ativos mais seguros
Risco regulatório: governos podem apertar o cerco a qualquer momento
Risco tecnológico: a atualização OP_CAT ainda não está garantida, e as altcoins estão a roubar atenção
Risco emocional: FOMO na entrada de retalhistas, seguido de pânico de venda, costuma acontecer
A história mostra que, antes de cada mercado em baixa, há sempre quem diga “desta vez é diferente”. E, após cada baixa, há sempre quem se arrependa de não ter mantido.
Qual é a chave?
Para o investidor individual: prepara-te para manter a longo prazo. Não compres no pico, nem te deixes levar pelas oscilações de curto prazo. Se acreditas na narrativa do Bitcoin (proteção contra a inflação, reserva digital de valor, inovação financeira), faz DCA e aguenta o ciclo.
Para o mercado cripto: os sinais para a próxima alta — aprovação de novos ETFs, anúncios de reservas governamentais, atualizações tecnológicas importantes. Quando estes acontecerem, a transmissão para o preço será mais rápida do que em qualquer momento da história.
A história do Bitcoin ainda está a ser escrita. $87.27K não é o fim, nem uma armadilha — é apenas o preço atual, refletindo o mercado sobre o futuro. Quanto se pode ganhar depende da tua confiança nesse futuro, e da tua capacidade de suportar a volatilidade.
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Desvendando o ciclo de mercado em alta do Bitcoin: por que desta vez é diferente?
Atual momento (Dezembro de 2025): BTC a rondar os $87.27K, em recuo face ao pico histórico de $126.08K, mas o mecanismo está a mudar silenciosamente.
Para entender o momento atual do Bitcoin, é preciso olhar para o passado. Desde o seu nascimento em 2009, esta criptoativo passou por vários ciclos — cada um deles levando as pessoas a pensar “desta vez é diferente”, só para serem desiludidas pela realidade várias vezes. Mas desta vez, há realmente algo diferente.
Como é que o mercado em alta surgiu?
O bullrun do Bitcoin nunca aparece do nada. O gatilho mais direto chama-se halving — a cada 4 anos, a recompensa dos mineiros é cortada à metade. A oferta diminui, a procura mantém-se relativamente estável, e o preço sobe.
Os dados históricos mostram isto:
Parece que cada subida é menor? Não te preocupes, isto indica que o mercado está a tornar-se mais racional — os grandes investidores estão a antecipar-se, em vez de reagir apenas no dia do halving.
2013: A primeira grande festa dos retalhistas
Era uma era em que a internet ainda usava 3G. Bitcoin passou de $145 (Maio) para $1.200 (Dezembro), um aumento de 730%.
O motor foi simples: cobertura mediática + crise financeira no Chipre (as pessoas queriam ativos seguros). Mas em 2014, Mt.Gox colapsou — na altura, 70% do volume de negociação passava por essa bolsa — e o mercado caiu para pouco mais de $300.
Lição: a infraestrutura é tudo. Sem exchanges confiáveis, até a melhor moeda não vale nada.
2017: ICOs loucos e regulação a dar a mão
Desta vez, foi diferente. Bitcoin disparou de $1.000 para $20.000, um aumento de 1.900%, com volume diário a passar de $200M para $15B.
O combustível foi a febre das ICOs — milhares de projetos a emitir tokens na Ethereum, todos a precisar de Bitcoin para participar. Os retalhistas entraram em massa, com FOMO a dominar.
Mas as autoridades não ficaram a ver passar. A China proibiu ICOs e exchanges, a SEC dos EUA começou a investigar. Em 2018, Bitcoin caiu para $3.200, uma queda de 84%. A lição foi mais profunda: o mercado não consegue escapar às políticas.
2020-21: Entrada de instituições a mudar o jogo
Foi um ponto de viragem. Deixou de ser só retalhistas a puxar o mercado, para grandes empresas como MicroStrategy, Tesla, Square a comprar Bitcoin como reserva.
De $8.000 a $64.000 (700% de aumento), mas o mais importante não é o valor, e sim quem está a comprar — investidores institucionais a injectar mais de $10B. Bitcoin tornou-se o “ouro digital”, uma proteção contra a inflação.
Mesmo quando caiu para $30.000, a confiança não se quebrou. Por trás, há dinheiro de verdade a investir.
2024-25: A nova era dos ETFs
Isto é que mudou mesmo as regras do jogo.
Em janeiro, a SEC dos EUA aprovou o primeiro ETF de Bitcoin à vista — permitindo que fundos de pensões, gestores de fundos e seguradoras comprem Bitcoin de forma legal, sem precisar de trocar na exchange.
Resultado? Mais de $4.5B (na altura) a entrar de forma louca. O ETF da BlackRock, o IBIT, detém sozinho 467.000 BTC. Todos os ETFs de Bitcoin juntos já detêm mais de 1 milhão de BTC — isto é um grande volume, considerando que há cerca de 19,96 milhões de BTC em circulação. Os investidores institucionais já têm mais de 5%.
Bitcoin subiu de $40.000 para $93.000 (+132%). Mas isto não é loucura, é dinheiro racional a posicionar-se.
Depois, veio a quarta halving em abril, e o sinal de “pró-crypto” vindo do regresso de Trump à Casa Branca — tudo a impulsionar as expectativas.
Qual é o estado atual de $87.27K?
Isto é realmente diferente desta vez?
Vamos ver algumas diferenças-chave:
Nível institucional: Antes, Bitcoin era um ativo de rebelião. Agora, é um ativo de adoção oficial. Os EUA estão a considerar incluir Bitcoin nas reservas nacionais (proposta do BITCOIN Act 2024 para comprar 1 milhão de BTC), e países como El Salvador e Butão já o fizeram.
Tecnologia: Bitcoin pode ativar a atualização OP_CAT, desbloqueando soluções de Layer-2 — no futuro, poderá processar milhares de transações por segundo, tornando-se mais do que um “cofre digital”, mas também uma plataforma DeFi.
Mercado: Antes, era uma festa de um só — agora, é uma alocação de grandes investidores. Quando fundos de pensão e fundos soberanos entram, o fundo do ciclo está lá.
Mas o perigo ainda existe
Não te deixes levar pelos números:
A história mostra que, antes de cada mercado em baixa, há sempre quem diga “desta vez é diferente”. E, após cada baixa, há sempre quem se arrependa de não ter mantido.
Qual é a chave?
Para o investidor individual: prepara-te para manter a longo prazo. Não compres no pico, nem te deixes levar pelas oscilações de curto prazo. Se acreditas na narrativa do Bitcoin (proteção contra a inflação, reserva digital de valor, inovação financeira), faz DCA e aguenta o ciclo.
Para o mercado cripto: os sinais para a próxima alta — aprovação de novos ETFs, anúncios de reservas governamentais, atualizações tecnológicas importantes. Quando estes acontecerem, a transmissão para o preço será mais rápida do que em qualquer momento da história.
A história do Bitcoin ainda está a ser escrita. $87.27K não é o fim, nem uma armadilha — é apenas o preço atual, refletindo o mercado sobre o futuro. Quanto se pode ganhar depende da tua confiança nesse futuro, e da tua capacidade de suportar a volatilidade.