
(Fonte: SECPaulSAtkins)
Em uma conferência sobre políticas de blockchain, Paul Atkins, presidente da Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos, reafirmou que muitas ofertas iniciais de moedas (ICOs) não se enquadram na supervisão de valores mobiliários da SEC. Ele enfatizou que, quando as transações de tokens não se enquadram na definição de valores mobiliários, a SEC não intervém diretamente.
Os comentários de Atkins abordaram as especulações do mercado sobre o possível retorno dos ICOs e reforçaram seu compromisso em estabelecer um marco regulatório mais transparente e inovador para classificação de tokens.
No framework de classificação de tokens divulgado no mês passado, Atkins identificou quatro grandes categorias de criptoativos. Ele detalhou que três delas, por natureza, não apresentam atributos de valores mobiliários:
De acordo com Atkins, se os tokens emitidos via ICOs se enquadrarem em uma dessas categorias, a captação de recursos não deve ser considerada oferta de valores mobiliários.
Somente os tokens considerados valores mobiliários tokenizados — representações em blockchain de instrumentos financeiros tradicionais — ficam sob supervisão da SEC.
Atkins ressaltou que os diferentes tipos de ICOs possuem características distintas e que nem todos estão sob jurisdição da SEC. Ele explicou:
Essa mudança indica que uma parte expressiva das captações via ICOs pode deixar o rígido arcabouço regulatório da SEC, migrando para a CFTC, que apresenta regras mais flexíveis. O mercado prevê uma redução relevante nas restrições regulatórias.
O boom dos ICOs em 2017 atraiu capital global, mas as ações da SEC contra projetos por ofertas não registradas de valores mobiliários rapidamente arrefeceram o mercado.
As recentes declarações de Atkins apontam que o mercado de ICOs pode se recuperar sob o novo marco regulatório, possivelmente sem depender de legislação específica do Congresso sobre criptoativos.
Se a maioria dos tokens for classificada como não sendo valores mobiliários, futuras emissões tendem a ser mais viáveis e com maior facilidade de adequação regulatória.
Enquanto a legislação regulatória permanece pendente, o setor avança rapidamente. No mês passado, a Coinbase lançou uma nova plataforma de emissão de ICOs, desenvolvida a partir da aquisição da Echo por US$ 375 milhões, permitindo aos usuários dos EUA acesso direto a ferramentas de emissão de tokens. Esse movimento demonstra o otimismo crescente do setor quanto ao retorno dos ICOs ao mercado mainstream.
Para saber mais sobre Web3, clique para se cadastrar: https://www.gate.com/
As declarações mais recentes de Atkins oferecem uma orientação clara para o mercado de emissão de tokens nos EUA: se a maioria dos ICOs não for considerada valores mobiliários, poderão operar em um ambiente regulatório mais permissivo. Com SEC e CFTC redefinindo seus papéis e os players do setor preparando novas infraestruturas para ICOs, o mercado americano pode estar à beira de uma nova era de captação descentralizada.





